As pautas sustentabilidade e emergência climática são correlatas, com interações que podem ser consideradas positivas – quando a ação em uma delas tende a reforçar metas da outra – ou negativas, no caso contrário [1]. Na impossibilidade de existência de uma pauta única e definitiva, devido principalmente ao fator de escala de tempo dos eventos, ao grande número de atores e a um cenário intrinsicamente dinâmico, o que se busca é avalia-lo de modo integrado, dando visibilidade a seus fatores críticos, minimizando riscos e promovendo a coerência e o alcance simultâneo e mais eficiente de seus vários objetivos.

A título de ilustração apresenta-se aqui uma abordagem para visão integrada das pautas citadas, adaptada a partir da  proposta em [1], a luz dos dados fornecidos no “The Global E-waste Monitor 2020” [2], e instanciada ao contexto dos REEE. Partindo-se de uma ação de mitigação climática um diagrama mostra como ela é capturada e impacta – de forma positiva no caso – os ODS.

As ações de mitigação climática se dividem em três categorias, cada uma delas implementando um conjunto de ações de mitigação relacionadas: mudança da atividade (ações que reduzam a demanda subjacente por uma atividade com uso intensivo de emissões); redução da intensidade de emissão (ações que reduzam as emissões produzidas por unidade de atividade); e aumento da eficiência energética (ações para reduzir a quantidade de energia necessária por unidade de atividade). Já os ODS, estão estruturados em  metas e indicadores. Nos diagramas a seguir as setas pretas denotam estas hierarquias enquanto que as setas verdes indicam os relacionamentos entre as ações de mitigação e os ODS.