A cidade possui 15 Pontos de Entrega Voluntária de Resíduos [1], geridos pela URBAM e distribuídos na região central e na periferia, perfazendo um total de 183 mil atendimentos em 2020.
O PEV recebe os seguintes resíduos, até o limite de um metro cúbico (o equivalente ao espaço do porta-malas de um carro de passeio ou uma pequena carreta): (1) Lâmpadas, espelhos, vidros; (2) Móveis como sofás, cadeiras, geladeiras; (3) Madeira até 1m3 por entrega; (4) Computadores e equipamentos eletrônicos;(5) Entulho de construção, reformas ou demolição;(6) Pneus usados;(7) Radiografias e Cartelas de remédios; e (8)Papéis e papelões.
Dentre os PEVs existentes, 3 unidades são voltadas à educação ambiental, com oferta de cursos, debates e recebimento visitas da comunidade – são os chamados Eco_PEVs. Suas construções empregam soluções ambientais de engenharia, entre elas paredes de solo-cimento, sistemas de captação de água de chuva, telhado em material reciclado e tratamento sustentável de águas residuais. Essas unidades também têm passeio de concreto permeável, jardim de chuva (sistema de microdrenagem de águas pluviais) e pomar de espécies nativas.
Prezando pela promoção da economia circular, o PEV estimula o surgimento de novos negócios e a geração de renda para famílias carentes, com duas cooperativas criadas como resultado deste modelo, as cooperativas São Vicente – associada a Igreja São Vicente de Paula do Jardim São Vicente e que possui 28 famílias associadas – e a cooperativa WE.
O PEV é o ponto de partida do processo de Logística Reversa de muitos tipos de resíduos a ela entregues, tendo que desempenhar várias funções que não apenas a coleta para garantir que toda esta etapa inicial ocorra de modo eficiente e sustentável, particularmente em se considerando as especificidades de alguns dos resíduos coletados [2] [3]. Os PEVs municipais não estão sozinhos nesta tarefa, sendo que iniciativas privadas como a Molécoola [4] e e Green Electron [5] também fazem parte deste cenário, ambos com postos de coleta em nossa cidade.